O QUE É E COMO FUNCIONA?
A Bioimpedância Elétrica Tetrapolar é um exame moderno e não invasivo utilizado para avaliar a composição corporal. O método é baseado na aplicação de uma corrente elétrica de baixa intensidade que percorre o corpo do paciente enquanto ele está deitado. O exame é capaz de medir com precisão parâmetros como a quantidade de massa magra, massa gorda, água corporal total, além de estimar a massa óssea e a taxa metabólica basal.
A técnica tetrapolar é chamada assim porque utiliza quatro eletrodos: dois são posicionados nas extremidades de um dos braços e dois nas extremidades de uma das pernas. Esses eletrodos permitem que a corrente elétrica atravesse o corpo (sem que cause choque!) e se afira os valores de resistência e reatância dos tecidos do corpo, de forma que podemos calcular os diferentes componentes da composição corporal: água, gordura e massa magra.
O exame é realizado com o paciente deitado em uma maca, confortavelmente, após um período sem movimentação de 5 a 10 minutos para melhor equalização dos líquidos corporais. A duração, após iniciado, é de apenas poucos segundos e o resultado do teste é imediato! Além da composição corporal, o instrumento ainda fornece o valor de ângulo de fase, um dado adicional que auxilia na avaliação da "qualidade muscular".
Figura: Foto ilustrativa da realização de um exame de bioimpedância elétrica tetrapolar.
Bioimpedância Elétrica Tetrapolar:


saiba para quais situações clínicas esse exame é útil
1. Obesidade e Sobrepeso
A bioimpedância é uma ferramenta valiosa para o acompanhamento de pacientes com obesidade ou sobrepeso. Ela permite avaliar a proporção de gordura corporal, massa magra e estimar gasto calórico médio (Taxa Metabólica Basal), oferecendo dados precisos para o planejamento de programas de perda de peso. Através do monitoramento contínuo, é possível ajustar tratamentos nutricionais e físicos, garantindo uma perda de gordura saudável e preservação da massa muscular.
2. Fisiculturismo e Desempenho Físico
Para atletas, especialmente fisiculturistas e pessoas focadas em otimizar seu desempenho físico, esse exame permite o melhor monitoramento do progresso de mudança de composição corporal, a fim de se ajustar o treino e a dieta de maneira mais precisa. Durante as fases de ganho de massa (bulking) ou de definição (cutting), o exame permite acompanhar se o aumento de peso está vindo de músculos ou gordura, e se a perda de peso está preservando a massa muscular.
O exame é ainda recomendado para adultos com desejo de melhor gestão do desempenho físico com intuito de preservar longevidade. Entenda mais sobre o processo de envelhecimento muscular no botão abaixo:
3. Doenças Renais
Pacientes com doenças renais, como insuficiência renal crônica, frequentemente enfrentam problemas de retenção de líquidos e edema. A bioimpedância ajuda a monitorar o equilíbrio hídrico do corpo, permitindo o acompanhamento preciso de volumes de água corporal. Isso é essencial para ajustar tratamentos, como diálise, e garantir que o paciente não esteja sobrecarregado de fluidos.
4. Insuficiência Cardíaca e Doenças Cardiovasculares
Em pacientes com insuficiência cardíaca, a retenção de líquidos é uma complicação comum. O exame de bioimpedância auxilia na detecção de edemas (inchaço) e no monitoramento da quantidade de líquido acumulado no corpo, ajudando na gestão da condição e no ajuste de medicações diuréticas, por exemplo.
5. Sarcopenia (Perda de Massa Muscular) e Desnutrição
A sarcopenia, que é a perda progressiva de força e massa e função muscular, comum em pacientes idosos frágeis ou em pacientes acamados por longos períodos. A bioimpedância é uma ferramenta útil para monitorar a massa muscular ao longo do tempo e avaliar a eficácia de intervenções, como fisioterapia ou terapias nutricionais.
Se ainda não esta familiarizado com o termo "Sarcopenia", clique no botão abaixo e saiba mais sobre o assunto.
6. Diabetes Tipo 2 e Síndrome Metabólica
Pacientes com diabetes tipo 2 ou síndrome metabólica podem usar a bioimpedância como parte do controle de peso e da composição corporal. A avaliação de gordura visceral (gordura ao redor dos órgãos) é particularmente importante nesses casos, pois está diretamente relacionada ao controle glicêmico e ao risco cardiovascular. Monitorar mudanças na composição corporal pode ajudar a ajustar dietas e programas de exercícios físicos.
7. Pacientes Oncológicos (Câncer)
Pacientes em tratamento contra o câncer muitas vezes experimentam alterações significativas em sua composição corporal devido à perda de massa muscular ou desidratação, especialmente quando submetidos a quimioterapia ou radioterapia. O exame de bioimpedância ajuda a monitorar essas mudanças e ajustar o suporte nutricional ou tratamentos de reabilitação.
8. Doenças Hepáticas
Pessoas com doenças hepáticas, como cirrose, podem apresentar acúmulo de líquidos no abdômen (ascite) e outros tipos de retenção hídrica. A bioimpedância auxilia no monitoramento desses volumes de líquidos, fornecendo informações importantes para o tratamento e controle da doença.
9. Controle Pós-Cirúrgico
Após cirurgias, especialmente as bariátricas (cirurgia de redução de estômago) ou grandes procedimentos abdominais, o acompanhamento da composição corporal é crucial. A bioimpedância pode monitorar a perda de peso, a manutenção de massa muscular e o estado de hidratação dos pacientes, permitindo ajustes no plano de recuperação.
O resultado do exame de bioimpedância é um dado valioso para paciente com proposta de perda de gordura (Emagrecimento), ganho de massa magra (Hipertrofia) ou de vigilância de água corporal total (Volemia). Dessa forma, é um instrumento útil para as seguintes situações clínicas:
Contraindicações
Embora a bioimpedância tetrapolar seja segura para praticamente todas as pessoas, existem algumas contraindicações que devem ser observadas:
Marcapassos ou dispositivos eletrônicos implantados: Pacientes com marcapassos, desfibriladores ou qualquer outro dispositivo eletrônico implantado no corpo não devem realizar o exame, pois a corrente elétrica, embora de baixa intensidade, pode interferir no funcionamento desses dispositivos e desconfigurá-los.
Gestantes: Embora não haja evidências claras de risco para a mãe ou o bebê, o uso de correntes elétricas, mesmo de baixa intensidade, é geralmente evitado durante a gravidez.
Pacientes com próteses metálicas extensas: Próteses metálicas podem afetar os resultados do exame, principalmente aquelas localizadas nas extremidades onde os eletrodos são posicionados. É possível realizar o exame em um lado do corpo que não contenha próteses metálicas, porém se os dois lados (direito e esquerdo) apresentam esse tipo de implante, o resultado do exame pode ficar prejudicado.
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