sinais e sintomas do Parkinson

     A Doença de Parkinson, assim como o Alzheimer, também é considerada uma doença "neurodegenerativa". Isso significa dizer é decorrente da morte de neurônios, neste caso, relacionados principalmente a nossa atividade motora, mas também relacionados a nossa cognição, olfato, trânsito intestinal e manutenção da pressão arterial.

      Temos uma condição que compromete, predominantemente, a execução dos movimentos. E os sintomas possíveis mais comuns são: lentidão (bradicinesia), tremores, rigidez e perda do equilíbrio (instabilidade postural). Mas, a medida que a doença avança, outros sintomas podem surgir como dificuldade de raciocínio e de memória, alterações do sono (pesadelos e sonhos vívidos), constipação intestinal e hipotensão postural.

       Falando mais especificamente dos sintomas cognitivos do Parkinson, dizemos que estamos diante de um quadro de Demência na Doença de Parkinson quando o prejuízo da capacidade mental afeta a capacidade do indivíduo de realizar tarefas importantes da vida (manejar medicamentos e finanças, dirigir, sair de casa sozinho, etc.). Esse prejuízo mental, está notadamente relacionado a piora na capacidade de tomar grandes decisões, elaborar planos, raciocinar em cima de problemas complexos  - chamamos isso de disfunção executiva. Outros "domínios cognitivos" também ficam comprometidos com a progressão da morte dos neurônios: memória, linguagem, capacidade de percepção do ambiente e de interação social.

Fases da Doença de Parkinson

Como toda doença neurodegenerativa, a evolução sempre acaba sendo de piora lenta e progressiva. Apesar de ser um processo continuo, podemos categorizar o Parkinson em "fases" para melhor entendimento dos paciente e planejamento do paciente.

• FASE INICIAL: Predominam os sintomas motores e que, na maioria dos casos, respondem bem ao tratamento medicamentoso. Sintomas como dificuldade para sentir cheiro (hiposmia), constipação intestinal e hipotensão já podem estar presentes.

• FASE MODERADA: Há maior dificuldade em manejar os sintomas motores e, por vezes, os efeitos adversos das medicações (discinesias) começam a surgir . A mobilidade ainda é relativamente preservada (paciente caminha sozinho, mas com instabilidade) e o grande risco são as quedas.

• FASE AVANÇADA: A piora da capacidade de raciocínio e memória (Demência na Doença de Parkinson) normalmente ocorre após cerca de 6 anos do diagnóstico. Nesta fase, os sintomas motores geralmente comprometem significativamente o paciente, que não é capaz de se levantar ou andar sozinho (restrito a cadeira / cama).

  O tratamento da doença de Parkinson sempre será individualizado para cada paciente, mas gira em torno de reabilitar a mobilidade e manejar os sintomas cognitivos e comportamentais da doença.

     Quanto falamos em equilíbrio e força para executar movimentos, cabe ressaltar a importância do suporte nutricional e fisioterápico para que haja massa muscular o suficiente para desempenho físico.

   As medicações mais utilizadas para "destravar" o movimento (Levodopa, Pramipexol, Rasagilina , Entacapone, etc.) tem suas indicações específicas para cada caso. Elas tem o papel exclusivamente sintomático, pois não interrompem o curso natural da doença, bem como vemos limitações dos efeitos com o passar do tempo. Medidas invasivas como cirurgias e implantes de aparelhos que estimulam atividade cerebral (Deep Brain Stamulation), podem ser alterativas para indivíduos com falha da terapia medicamentosa ou que estão sofrendo com efeitos adversos desses remédios.

   Existe ainda a possibilidade de se utilizar medicações capazes de melhorar a capacidade de raciocínio, memória e comportamento. Essas medicações são semelhantes àquelas usadas em pacientes com Alzheimer.

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 O importante é o acompanhamento por um profissional capacitado que consiga oferecer o melhor tratamento para cada etapa!

Tratamentos disponíveis